Olha ai gente linda que curte o blog mais uma doce história.
Ao olhar essa linda e pequena menina ai, não imagina o que ela passou IMAGINAM....
Mas agora ela e seus papys humanos vão compartilhar com todos nós aqui do blog, um relato grande, comovente, emocionante e cheio de muito amor, e exemplos.
PALAVRAS ESCRITAS PELA MÃE HUMANA DA MEL:
Bom vou começar contando sobre o acidente:
Nos mudamos para a nova casa em nov./2011. O
acidente aconteceu em torno de um mês depois, no dia 23/12/2011 (praticamente
véspera de Natal) ela tinha em torne de 1 ano e 8 meses.
Esse mês já estava sendo barra para a minha
família: minha madrinha estava em estado grave na UTI do Instituto do Câncer
onde minha avô também estava internada e meu primo havia sofrido um grave
acidente de moto... Eis que então, pra piorar um pouco mais a situação, minha
cachorrinha escapou e foi atropelada por uma moto (em um minuto de bobeira em
que o portão ficou aberto). A gente mora em uma avenida sem quebra-molas em que
os carros e motos passam voando, sem respeitar nada...
O rapaz da moto até parou, pq também se machucou
e ficou muito abalado, pediu mil desculpas, disse que ela pulou do nada na
frente da moto, e deve ter sido assim mesmo pq ela não sabia andar na rua
sozinha.
Ficamos desesperados pq ela estava toda
esticada, com os olhos arregalados. Não chorou em nenhum momento, parecia que
estava em choque e não conseguia se mexer de forma nenhuma.
Corremos com ela para o HV da UEL, o raio-X
mostrou uma grande fratura entre a 10ª e a 11ª vértebra da coluna. Segundo a
veterinária que estava lá, essa fratura era impossível de ser reparada e,
provavelmente ela nunca mais andaria.
Deixamos ela internada para que eles pudessem
realizar mais exames para verificar mais a fundo o problema. A única
alternativa que nos foi dada foi realizar a
eutanásia, pois, de acordo com ela, além de não andar, a Mel também não ia
controlar urina e fezes. Como não sabíamos como ela estava ficamos arrasados,
porém, conversamos e decidimos pela eutanásia por conta de que não queríamos
vê-la sofrendo, achávamos que ela ficaria só deitada e que não conseguiria mais
fazer nada sozinha.
No outro dia quando fomos visitá-la para
informar sobre nossa decisão pedimos para vê-la antes e tal foi a nossa
surpresa quando ela nos viu e quis pular da caminha que estava de tanta
felicidade. Ela estava com uma tala no corpo todo e mesmo assim tentou de todas
as formas se mexer para vir com a gente e, nesse momento, nossa decisão mudou
completamente, pois, mesmo sem os movimentos das patas traseiras, nossa
cachorrinha estava bem e feliz por nos ver, para a gente ela estava normal.
Nesse mesmo dia conversamos com um residente
que já tinha trabalhado em uma clinica de reabilitação animal em São Paulo que
nos ajudou muito, nos ensinou como massageá-la para que ela soltasse urina, nos
mostrou vários exercícios para que as pernas não atrofiassem e também nos falou
da possibilidade de fazer um carrinho de rodas para ela.
No inicio foi muito complicado, pois ambos
trabalhavam e a Mel tinha que ir sempre ao HV para acompanhamento. Ela estava
de tala e não podia se mexer muito, porém, como sempre foi muito agitada, não
conseguia ficar parada. Formou feridas onde a tala pegava e foi muito triste
vê-la sofrer, foi a única vez em que pensamos ter tomado a decisão errada...
Ela ficava muito nervosa porque não podia
andar e a tala saia do lugar várias vezes, ai tínhamos que correr para o HV
para recolocar (nas duas primeiras semanas fomos umas 5 vezes trocar, rsrsrs,
ela realmente não parava quieta).
Arrumamos uma caixa de papelão bem grande e
deixávamos ela lá, para que não se mexesse muito, íamos trabalhar com o coração
na mão de deixá-la lá presa e um belo
dia, cheguei do trabalho e fui recepcionada por ela na porta da sala, me
esperando toda feliz. Quando olhei a caixa, a danadinha tinha feito um buraco
na lateral e passado por ele.
Depois desse acontecimento a veterinária
decidiu por retirar a tala que já não estava adiantando nada e ai veio o nosso
desespero pq tínhamos muito medo de pegá-la sem a tala que parecia a proteção
dela... Foi complicado até perdermos esse medo, parecia que íamos quebrá-la no
meio. Mas no fim deu tudo certo ela se adaptou de uma forma que nem sei
explicar, foi muito rápido.
Hoje ela tem 3 anos e 5 meses e, em
dezembro/2013, fará 2 anos que esse acidente aconteceu e a gente está muito
feliz de tê-la ao nosso lado. Meu marido produziu um carrinho para ela poder
passear com a gente e, quando colocamos, ela fica toda feliz e corre por todo
lado.
Os cuidados com ela são simples: sempre faço
uma espécie de sapatinho para as patinhas de trás (coloco um pedaço de faixa e
esparadrapo) porque tem uma parte de cimento no meu quintal que se ela andar
sem isso, acaba machucando e de 3 a 4 vezes ao dia realizamos massagem para que
ela possa soltar a urina, mas esse processo hoje está bem mais fácil porque a
gente se adaptou. As fezes ela solta sozinha (no lugar que ela estiver e essa é
a parte mais nojentinha), mas está tão esperta e adaptada que já percebe que
vai soltar e faz sempre no mesmo lugar, se a gente está em casa já retira e se
não estivermos ela coloca um paninho com o focinho por cima (a gente percebeu
que ela tem nojo de ficar olhando, rsrs) e quando a gente chega ela mostra que
fez caquinha. Também temos a rotina de sempre passar um pente em seu corpo,
pois ela não consegue se coçar sozinha (ela gosta muito disso, fica toda
faceira).
Em casa ela fica sem o carrinho porque não
consegue se deitar com ele e por isso não se sente a vontade, só usamos para
passear..
Até hoje não teve nenhum problema de saúde,
falaram que provavelmente ela sempre teria infecção urinária por conta de reter
a urina, mas até hoje, graças a Deus ela não teve nenhuma vez.
Comer e beber ela faz tranquilamente sozinha,
só quando está manhosa que fica esperando a gente oferecer e bajular, mas isso
todo peludo faz né.
É como todo cachorro: faz manha, faz arte,
late no portão pras pessoas, pros cachorros, pros gatos e até para pipas!!
Morre de medo de trovão, rojão e qualquer barulho que seja diferente e isso,
pelo que percebemos, começou depois do acidente.
O mais difícil é quando precisamos viajar
pois ela acabou ficando super dependente da gente, principalmente na parte de
urina e fezes, então não podemos nem pensar em deixá-la sozinha. Ela é
apaixonada pela minha irmã e esse amor é recíproco então, quando preciso, é pra
ela que recorro.
Enfim, claro que em alguns momentos é
trabalhoso mas também é muito gratificante pois o amor incondicional que
recebemos dela já vale por tudo.
As vezes a gente tenta imaginar como vai ser
quando ela ficar velhinha, porque agora está toda musculosa e aguentando equilibrar
as patinhas, mas como será depois??? Dá um pouco de medo porque talvez ela
sofra, mas é melhor nem pensar nisso e curtir cada momento com ela.
Não sei se posso aconselhar alguém a fazer o
mesmo que a gente fez até mesmo porque cada acontecimento é diferente do outro,
só posso dizer que com a gente deu muito certo e que, se a família toma essa
decisão depois de uma noticia assim tem que ter plena consciência de que não é
só alguns dias de cuidado, é pro resto da vida do seu peludo que espero que seja
longa.
Bem gente o que dizer a não ser parabenizar nossa linda mãe humana da Mel a Tatiane e o paizão o Anderson, que por mais difícil que foi toda essa situação não se arrependeu da DECISÃO, A LINDA MEL está saudável como ela nos conta e feliz pela decisão que seus papys tomaram, palavras da MEL:
___Oi pessoal eu estou feliz e continuo sapeca e arteira só que agora com menos intensidade auauaua, ou não, mas o que importa é que eu posso tudo auauau, ou quase tudo, faço os mesmo que meus amigos, olha a PROVA ai eu e meus amigos correndo, brincado quem disse que eu não posso correr em....
Auauauauau eu sou especial e com limitações, mas a mamys e o papys não desistiu de mim auauau obrigadão do fundo do meu coração a vocês dois, ah! já ia me esquecendo da minha tia também que cuida de mim quando o papys e a mamys precisa viajar, eu amo vocês DE MAIS (AUAUAUAUAUA).
Bom assim finalizo mais um postagem essa foi grande em, mas EMOCIONANTE não acham!
Eu conheci a Mel e sua história quando ela foi tomar banho lá no pet que eu trabalho no Eai ai Bicho, achei fascinante e pedi para postar a história dela, sua família não se opôs e abriu seu coração como é ter uma animalzinho MAIS QUE ESPECIAL..., muitos como já presenciei teriam optado pela EUTANÁSIA, não sou contra pois eu já tive que optar por essa dolorosa decisão, mas acompanhei um caso muita mais leve do que o da Mel dias desses na clinica que o proprietário optou pela eutanásia se eu tivesse a condição que ele tinha eu não faria, mas como eu disse e como a dona da Mel relatou a casos e casos né....
Obrigados a todos que lerem essa postagem e quem tiver algo lindo a nos contar, SEJAM BEM VINDO.Loriane.